Uso adequado, lubrificação diária e acompanhamento de óleo do motor prolongam a vida útil do equipamento
Notáveis entre as máquinas com maior possibilidade de receber implementos, as retroescavadeiras esbanjam versatilidade e, por isso, devem ter um plano de manutenção bem elaborado. Procedimentos como lubrificação diária, uso de graxa, acompanhamento de óleo de motor, eixo, transmissão e óleo hidráulico precisam ser estabelecidos com intervalos mais curtos ou extensos, conforme as condições de operação. Trabalhar com excessos de carga, utilizar caçambas e martelos ou implementos inadequados, ou mesmo trabalhar em brejos são ações que aceleram o desgaste da máquina e apressam a necessidade de manutenção.
A parte mais vulnerável de uma retroescavadeira é o braço de escavação, que representa um terço de sua estrutura física. Nela, encaixa-se o braço, montam-se lança e mesa de giro, e instalam-se os implementos. “É a articulação mais suscetível a problemas de folgas em pinos e buchas”, observa o consultor técnico Ernane dos Santos Amaral.
Os rompedores hidráulicos, por exemplo, são implementos que agridem esse equipamento e, se forem mal dimensionados, podem gerar problemas no braço de escavação, como trincas e desgaste prematuro de pinos e buchas.
MANUTENÇÃO X APLICAÇÃO
A manutenção deve se diferenciar não pelo tipo de equipamento, mas por sua aplicação. Carga horária de trabalho, implementação com rompedores e locais de uso são determinantes.
“As retroescavadeiras são muito utilizadas no segmento agrícola, em tarefas onde o desgaste é geralmente menor do que na construção. Mas, se a operação for em uma planta de fertilizantes, o veículo vai precisar de lavagem diária, por estar exposto a material corrosivo. Alguns componentes deverão ser trocados com mais frequência, e a retroescavadeira precisará de blindagem do alternador, além de proteção de sistema elétrico”, exemplifica Silva. “Nesse caso a manutenção é diferenciada e preocupante”, diz.
Amaral, da Brasif, dá outro exemplo: “Trabalhar com a retroescavadeira em local muito íngreme por períodos prolongados é um risco. Esse equipamento tem tolerância de até 35 graus de inclinação e, se esse limite for ultrapassado, o motor começa a aspirar muito ar. Com isso, corre o risco de travar porque o óleoacumula-se em apenas um dos lados do motor, e deixa de fazer a lubrificação correta. Com motor travado, a retroescavadeira pode tombar”, adverte.
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